"Sempre existem mais pessoas para receber informação sobre a mudança global do clima" - Entrevista com Dr. Daniel Price

Publicado em Entrevista & Opinião no dia 06/11/2015

A Pole to Paris (algo como Do Polo a Paris) é uma campanha de conscientização ambiental diferente. A proposta é percorrer 20 mil km divulgando temas da Cúpula do Clima em Paris, onde haverá também o encontro de seus idealizadores.
O Percurso do Sul da Pole to Paris, que tem à frente Dr. Daniel Price, especialista em clima antártico, que atualmente estuda o aumento do nível dos oceanos, apresenta uma distância aproximadamente seis vezes maior que o Percurso do Norte, realizado pelo Dr. Erlend Knudsen. Dr. Price conta, porém, com uma aliada indispensável nessa exaustiva empreitada: sua bicicleta.
O cientista partiu de Brisbane, na Austrália, e já percorreu diversos países dedicando-se à divulgação da questão da mudança global do clima e à garantia de um futuro sustentável a todos. Quando concedeu esta entrevista exclusiva ao PNUD Brasil, Dr. Price tentava quebrar o recorde de atravessar os 1.500 km do Deserto de Gobi em 8 dias e meio. Confira a íntegra dessa entrevista e fique por dentro dos detalhes do Percurso do Sul da Pole to Paris.

Onde o sr. está agora?
No momento, estou na última cidade da China, na estrada que leva à Mongólia. Amanhã, sigo para o norte em direção à Mongólia, onde tenho que cobrir 600 km até a capital Ulan-Bator.

Qual foi o maior desafio encontrado em sua jornada até o momento?
O maior desafio foi, na verdade, fazer o projeto decolar. Tudo o que tinha que ser feito, antes de eu partir em abril, estava dentro de um cronograma muito apertado. Eu também estava trabalhando em outro emprego, então as coisas foram um pouco agitadas. Tendo em conta que estou constantemente na estrada, planejar com antecêdencia tem sido essencial, mas pode ser também um desafio... Conseguir os vistos de entrada, organizar (os itinerários de) trens e balsas em outras línguas, às vezes pode ser complicado. Fisicamente, hoje foi o dia mais desafiador. Encontrei meu amigo Theo, e pedalamos 240 km pelo interior da Mongólia em 13 horas. Foi um longo dia...

O sr. está satisfeito com o nível de conscientização que sua jornada tem despertado até agora?
Sempre existe espaço para melhorar e, é claro, sempre existem mais pessoas para informar. Acho que o projeto tem sido altamente bem-sucedido em atrair a atenção da mídia. Ele foi exibido em todos os maiores jornais apresentados em inglês e nos maiores jornais locais em todos os países até agora. Nós fizemos aparições na TV que atingiram milhões. Enxergo a ideia de informar cada um e todas pessoas sobre Paris como um sucesso.

O que vocês farão quando chegarem a Paris para a COP21?
Planejamos realizar um circuito de corrida e de bicileta em massa na capital a que todos possam aderir. As distâncias serão curtas: 5km e 8km respectivamente. Além disso, esperamos que tenhamos eventos paralelos com nossos parceiros, onde possamos apresentar nossa jornada e trazer as vozes das pessoas que encontramos nesta jornada até Paris.

De que maneiras o apoio do PNUD é importante para a Pole to Paris?
A parceria com o PNUD está sendo de enorme importância para o projeto. Muito do trabalho do PNUD está também relacionado com a mensagem que estamos tentando transmitir. O trabalho de mitigação e adaptação que o PNUD promove desempenham papel importante para comunidades que estão na linha de frente da mudança global do clima. Entretanto, se não endereçarmos este problema à sua fonte em Paris, não estaremos nos manifestando na direção certa. Eu encorajaria todos escritórios nacionais do PNUD a se envolverem e ajudarem a enviar uma mensagem muito forte a Paris, a de que a hora para agirmos em relação à mudança global do clima é agora.

Como tem sido a receptividade nos países em que você já esteve?
Fantástica. Anteriormente, na Indonésia, foi incrível o apoio que ambos, as pessoas e o PNUD Indonésia, nos concedeu. Desde então, Bangladesh foi outro ponto alto. Trabalhamos com o PNUD Bangladesh para fazer um documentário sobre o aumento do nível do mar. Pudemos visitar áreas na costa altamente vulneráveis e documentar esta importante história. Esperamos que isso esteja pronto para mostrarmos em Paris.

Planejamos realizar um circuito de corrida e de bicileta em massa na capital a que todos possam aderir. As distâncias serão curtas: 5km e 8km respectivamente. Além disso, esperamos que tenhamos eventos paralelos com nossos parceiros, onde possamos apresentar nossa jornada e trazer as vozes das pessoas que encontramos nesta jornada até Paris.
De que maneiras o apoio do PNUD é importante para a Pole to Paris?

A parceria com o PNUD está sendo de enorme importância para o projeto. Muito do trabalho do PNUD está também relacionado com a mensagem que estamos tentando transmitir. O trabalho de mitigação e adaptação que o PNUD promove desempenham papel importante para comunidades que estão na linha de frente da mudança global do clima. Entretanto, se não endereçarmos este problema à sua fonte em Paris, não estaremos nos manifestando na direção certa. Eu encorajaria todos escritórios nacionais do PNUD a se envolverem e ajudarem a enviar uma mensagem muito forte a Paris, a de que a hora para agirmos em relação à mudança global do clima é agora.

Como tem sido a receptividade nos países em que você já esteve?
Fantástica. Anteriormente, na Indonésia, foi incrível o apoio que ambos, as pessoas e o PNUD Indonésia, nos concedeu. Desde então, Bangladesh foi outro ponto alto. Trabalhamos com o PNUD Bangladesh para fazer um documentário sobre o aumento do nível do mar. Pudemos visitar áreas na costa altamente vulneráveis e documentar esta importante história. Esperamos que isso esteja pronto para mostrarmos em Paris.

Fonte: PNUD Brasil

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